quinta-feira, 9 de junho de 2011

Definição de Rádio Frequência



Ondas de rádio são radiações eletromagnéticas com comprimento de onda maior e frequência menor do que a radiação infravermelha. São usadas para a comunicação em rádios amadores, radiodifusão (rádio e televisão), telefonia móvel. Nesta também estão incluídas as ondas do tipo VHF e UHF. Um dos vários tipos de onda, as ondas hertzianas são popularmente conhecidas como ondas de rádio-frequência ou simplesmente ondas de rádio. Usadas, principalmente, em difusão de rádio, elas estão também presentes na difusão de televisão, em sistemas de comunicação terrestre ou via satélite, radionavegação, radiolocalização e diatermia. Em Física, as ondas hertzianas podem ser definidas, de maneira simples, como radiações eletromagnéticas produzidas por inversões rápidas de corrente em um condutor. Elas são parte das ondas que formam uma onda eletromagnética, juntamente com ondas sonoras, luminosas, de calor, de raios X etc.

Frequências
A radiodifusão é baseada em uma estação de rádio (transmissor) que transforma voz dos locutores, músicas e outros sons em ondas eletromagnéticas que são enviadas para a atmosfera através de uma antena. O rádio (receptor) é um aparelho que tem a função de receber estas ondas eletromagnéticas, através de sua antena, e transformá-las em sons compreensíveis ao ouvido humano. As ondas hertzianas dividem-se em bandas de rádio que variam entre as frequências de 3 kilohertz (muito baixas) a 300 mil megahertz (extremamente altas). Estas bandas são agrupadas e classificadas de acordo com a frequência em que transmitem. As frequências são classificadas em grupos, e estes grupos são comumente chamados por: onda curta, onda média e onda longa. Dentro destes segmentos, encaixam-se estações de radiodifusão, serviços de comunicação aérea, marítima, telegrafia etc.

Histórico 
A partir de estudos anteriores de Thomas Edison, Elihu Thomson, Amos Emerson Dolbear, Michael Faraday e Joseph Henry, o alemão Heinrich Hertz fez novas experiências com circuitos. Após várias etapas de experiências, Hertz orientou suas pesquisas no sentido do estudo das ações do ar em seus circuitos. O físico concluiu que estas ações se manifestam sob a forma de ondas e, em 1887, inventou os termos "ondas indutivas" ou "ondas aéreas", hoje chamadas ondas hertzianas, em homenagem a ele.

Extraído do site:  radiodados.com.br

Rádios do Extremo Sul da Bahia:
Rádio 3 corações FM 97,5 (Mucuri)
Rádio Jacarandá AM 710 (Eunápolis)
Rádio Cidade FM 87,9 (Teixeira de Freitas)
Rádio Caraípe FM 100,5 (Teixeira de Freitas)
Rádio Sucesso FM 104,9 (Teixeira de Freitas)
Rádio Terramar FM 92,9 (Itamaraju)
Rádio 99 FM 99,0 (Itamaraju)
Rádio Extremo Sul AM 830 (Itamaraju)


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Guglielmo Marconi, pai do rádio (1874-1937)


Imagine que algo não foi inventado, como por exemplo a macarronada. O macarrão já havia sido inventado, o tomate já existia, manjericão e temperos também, mas ninguém havia juntado os ingredientes de tal maneira que resultasse na macarronada. É exatamente isso que fez Guglielmo Marconi, que não inventou as peças usadas, mas juntou e inovou na maneira de agrupá-las.

Guglielmo Marconi nasceu em 25 de abril de 1874 na cidade italiana de Bolonha. O pai, italiano, e a mãe, irlandesa, conseguiram deixar a família em boas condições financeiras, o que possibilitou a Marconi estudar nas melhores escolas. Desde menino ele se interessava por eletricidade e pela física, sem para isso ser preciso enfiar o dedo na tomada.  Ainda rapaz construiu um laboratório, juntamente o pai, no qual conseguiram enviar um sinal de telégrafo sem fio há 4 quilômetros de distância.

Para realizar este feito Marconi estudou as descobertas de Nikolas Tesla, Heinrich Hertz e James Clerk Maxwell. Portanto, Marconi não descobriu as ondas eletromagnéticas, a bobina de indução ou a bateria. O que fez, foi justamente aplicar o fundamento destes cientistas de maneira que as ondas pudessem se propagar a longas distâncias. Suas tentativas se iniciaram com ondas curtas de rádio, porém o governo italiano não demonstrou interesse nas descobertas e invenções de Marconi, que acabou patenteando seu trabalho na Inglaterra.

Após demonstrar seu sistema na Inglaterra, Marconi fundou sua própria empresa, Marconi’s Wireless Telegraph Company Limited e em 1898,  conseguiu estabelecer a comunicação sem fio entre a França e a Inglaterra. Três anos depois, em 1901, provou que as ondas sem fio não eram afetadas pela curvatura da Terra transmitindo um sinal que cruzou o Oceano Atlântico chegando a Grã-Bretanha e o Canadá.

Apesar de ser conhecido como o pai do rádio, foi um brasileiro que expôs esse fundamento pela primeira vez, antes mesmo de Marconi. O Padre Roberto Landell de Moura só não foi reconhecido internacionalmente porque não fazia parte da comunidade científica nos Estados Unidos ou Europa.

Sobre Marconi, contam que uma vez ao desembarcar com a mãe num aeroporto, seu aparelho transmissor foi preso para averiguação. Ao explicar o que era e pra que servia foi liberado. Os oficiais encarregados então lhe disseram que haviam pensado se tratar de uma bomba. A mãe de Marconi então teria respondido aos oficiais: ”E é mesmo. Não do tipo que explode o mundo, mas ela vai derrubar todas as paredes”.

Extraído do site: http://historica.com.br/

Graham Bell- inventor do telefone

Muitos dos que hoje o utilizam não se dão conta de que ele mudou diversos aspectos da vida humana e converteu-se quase num instrumento auxiliar do aparelho auditivo do homem.

No passado, as pessoas viviam num mundo que ainda dispensava a urgência, e não pensavam, certamente, no papel que ele poderia representar na vida humana. Certo dia, um instrutor de surdos-mudos experimentou construir um instrumento capaz de receber um som e de desenhar uma figura que dependesse das características acústicas do som recebido. Suas experiências conduziram seu filho, mais tarde, a inventar o telefone. O mundo começava a correr e a necessitar de tudo que lhe permitisse aumentar a velocidade.

A 3 de março de 1847 nascia o filho de Alexander Melville Bell. O menino recebeu o nome de Alexander Graham Bell. O futuro inventor do telefone começou seus estudos na Escola Superior de Edimburgo, sua cidade natal. Em seguida, passou por três universidades. Esteve primeiro na de Edimburgo, depois no University College de Londres e, por fim, na de Würzburg, na Alemanha, onde conseguiu formar-se em medicina.

Graças ao título de Doutor em Medicina e à experiência acumulada pelo pai, Bell abriu uma escola para diplomar instrutores de surdos mudos, tornando-se, ele próprio, professor de fisiologia vocal.

Alexander teve oportunidade de ver uma invenção de um professor alemão, Philip Reis, que havia juntado dois pedacinhos de madeira e aço, conseguindo construir um estranho aparelho capaz de transmitir sons, batizado como telefone. Ao vê-lo, Bell teve a intuição de que a eletricidade poderia aperfeiçoá-lo.
Teve, então, a idéia de construir um aparelho capaz de transmitir notas musicais a distância. Bell começou a atacar o problema da transmissão da voz humana, nas suas múltiplas modulações. Nesse meio tempo, dava aulas particulares a uma graciosa moça, surda-muda, sem esperanças de cura, por quem se apaixonou e com quem mais tarde viria a casar-se.
Inicialmente, Bell experimentou usar um ouvido retirado de um cadáver. Conseguiu construir um arranjo rudimentar com o qual obteve um traçado de vibrações sonoras sobre um vidro esfumaçado, por intermédio de uma delicadíssima agulha ligada ao ouvido, que tinha sobre a mesa. Essa experiência levou-o a tentar construir uma espécie de ouvido mecânico, usando um eletroímã. No inicio, as experiências não foram muito estimulantes.
Em junho de 1875, o microfone estava bastante aperfeiçoado para permitir ouvir sons agradáveis, quando fosse excitado de modo adequado. Esse resultado estimulou Bell a continuar suas pesquisas.

A 10 de março do ano seguinte, Bell experimentava um modelo de telefone e estava sozinho no sótão. Seu assistente, Watson, encontrava-se em outro aposento. Entre os dois aposentos estava estendida uma conexão telefônica que, porém, nunca conseguira transmitir mensagens inteligíveis. Naquele dia, enquanto Bell estava trabalhando, derrubou uma pilha. Os ácidos fortemente corrosivos caíram sobre a mesa e molharam suas roupas, estragando-as e ameaçando queimá-lo. Bell gritou instintivamente: “Mr. Watson, come here, I want you!” (Sr. Watson, venha cá, preciso do senhor!). Watson ouviu a mensagem, transmitida pelo telefone, e acorreu. O aparelho já era uma realidade, e Bell tinha então 29 anos.
Pouco depois, patenteou sua invenção e, a conselho do pai de sua noiva, já convencido da viabilidade do sonho, decidiu apresentá-la na exposição do jubileu de Filadélfia. Em um mês e meio, Bell construiu dois aparelhos para mostrar seu funcionamento aos visitantes da exposição, que, inicialmente, os acolheram com indiferença. Interveio, então, um golpe de sorte: Dom Pedro II, imperador do Brasil, reconheceu em Bell o professor da Universidade de Boston, que encontrara anos antes, e ficou curioso para saber o que, afinal, construíra. Bell não perdeu a oportunidade e, de uma extremidade do aparelho, recitou o famoso monólogo de Hamlet. “Grande Deus” – exclamou o imperador “isto fala”. Essa foi a frase que serviu a Bell para lançar sua invenção, que se tornou, a partir daquele instante, a principal atração da exposição, embora apenas como curiosidade científica.

Extraído do site: http://fisicomaluco.com/experimentos/alexander-graham-bell/




terça-feira, 22 de março de 2011

A interatividade vista como problema


Lévy, Pierre. Cibercultura. A interatividade vista como problema. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 1999. Cap. 4, p. 77-83

Neste capítulo Lévy revela o problema proposto no título, somente no encerramento de seu raciocínio, quando expõe: “A interatividade assinala um problema, a necessidade de um novo trabalho de observação, concepção e avaliação dos modos de comunicação, do que uma característica atribuída a um sistema.”

Interatividade para o autor é: “ participação ativa do beneficiário de uma transação de informação”, ele descreve também que o receptor nunca será passivo, pois mesmo que esteja diante de uma televisão, calado, ele estará decodificando, interpretando, mobilizando seu sistema nervoso...

Como modelo de mídia interativa Lévy destaca o telefone, pois, por meio dele o diálogo é recíproco, além disso, dentre os itens que comporiam uma mídia interativa, na visão de Lévy, o telefone possibilita a telepresença, pois a voz está presente, não apenas o significado dela, mas ela, de forma real. Para o autor a interatividade é completa quando inclui: personalização da mensagem, reciprocidade, virtualidade, implicação da imagem e telepresença.

Lévy diz ainda que de certo modo a comunicação pelo mundo virtual é mais interativa do que a telefônica, por conta da representação da imagem. Ele destaca também que o telefone foi o primeiro a propiciar a telepresença, mas não é o único já que a tecnologia permitiu ao homem se comunicar por imagens tridimensionais dos corpos, por realidades virtuais e mesmo por videoconferências. Ele emparelha o avaço da interatividade a evolução das mídias que se tornam cada vez mais híbridas e mutantes, gerando várias formas, ou faces, de comunicação.

Em certo trecho conclusivo Lévy destaca “cada dispositivo de comunicação diz respeito a uma análise pormenorizada, que por sua vez remete à necessidade de uma teoria da comunicação renovada”.


Dilúvio

Dilúvio é a introdução do livro Cibercultura.

Ciberespaço- resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem.

Levy compara os que denunciavam a cibercultura com aqueles que denunciavam o rock dos anos 50 ou 60, ou mesmo com que denunciavam o cinema. Hoje as duas modalidades são tidas como expressão de arte, o que comprova que as inovações causam espanto e críticas.
Para o autor os benefícios e malefícios desta cibercultura estão intimamente ligados a quem a usa e sua capacidade de fazer isso para o bem, ou não, com base somente em seu censo crítico.

Este recurso do autor de não contestar benefícios ou malefícios segue no momento em que ele trata do comércio via internet, das páginas de vendas e classificados que se seguem a cada nova página aberta na virtualidade. Ele garante que o comércio virtual cresce de acordo com a evolução do próprio ciberespaço.

O autor faz paráfrase com Albert Einstein: três bombas explodiram no século XX: 1 – a bomba demográfica; 2 – a bomba atômica; 3 – a bomba das telecomunicações. A essa terceira bomba Roy Ascott definiu como um segundo dilúvio. Desta analogia ao dilúvio de Noé, Lévy realiza o paralelo com o dilúvio da informação da cibercultura.

O autor

Pierre Lévy nasceu em 1956, na Tunísia. Por estudar as relações da internet e a sociedade recebeu o rótulo de filósofo da informação. Fez mestrado em História da Ciência e doutorado em Sociologia e Ciência da Informação e da Comunicação, na Universidade de Sorbonne, França. No seu livro “Cibernética” (1999) trata da Cibercultura em sua ótica totalmente otimista..