quarta-feira, 18 de maio de 2011

Guglielmo Marconi, pai do rádio (1874-1937)


Imagine que algo não foi inventado, como por exemplo a macarronada. O macarrão já havia sido inventado, o tomate já existia, manjericão e temperos também, mas ninguém havia juntado os ingredientes de tal maneira que resultasse na macarronada. É exatamente isso que fez Guglielmo Marconi, que não inventou as peças usadas, mas juntou e inovou na maneira de agrupá-las.

Guglielmo Marconi nasceu em 25 de abril de 1874 na cidade italiana de Bolonha. O pai, italiano, e a mãe, irlandesa, conseguiram deixar a família em boas condições financeiras, o que possibilitou a Marconi estudar nas melhores escolas. Desde menino ele se interessava por eletricidade e pela física, sem para isso ser preciso enfiar o dedo na tomada.  Ainda rapaz construiu um laboratório, juntamente o pai, no qual conseguiram enviar um sinal de telégrafo sem fio há 4 quilômetros de distância.

Para realizar este feito Marconi estudou as descobertas de Nikolas Tesla, Heinrich Hertz e James Clerk Maxwell. Portanto, Marconi não descobriu as ondas eletromagnéticas, a bobina de indução ou a bateria. O que fez, foi justamente aplicar o fundamento destes cientistas de maneira que as ondas pudessem se propagar a longas distâncias. Suas tentativas se iniciaram com ondas curtas de rádio, porém o governo italiano não demonstrou interesse nas descobertas e invenções de Marconi, que acabou patenteando seu trabalho na Inglaterra.

Após demonstrar seu sistema na Inglaterra, Marconi fundou sua própria empresa, Marconi’s Wireless Telegraph Company Limited e em 1898,  conseguiu estabelecer a comunicação sem fio entre a França e a Inglaterra. Três anos depois, em 1901, provou que as ondas sem fio não eram afetadas pela curvatura da Terra transmitindo um sinal que cruzou o Oceano Atlântico chegando a Grã-Bretanha e o Canadá.

Apesar de ser conhecido como o pai do rádio, foi um brasileiro que expôs esse fundamento pela primeira vez, antes mesmo de Marconi. O Padre Roberto Landell de Moura só não foi reconhecido internacionalmente porque não fazia parte da comunidade científica nos Estados Unidos ou Europa.

Sobre Marconi, contam que uma vez ao desembarcar com a mãe num aeroporto, seu aparelho transmissor foi preso para averiguação. Ao explicar o que era e pra que servia foi liberado. Os oficiais encarregados então lhe disseram que haviam pensado se tratar de uma bomba. A mãe de Marconi então teria respondido aos oficiais: ”E é mesmo. Não do tipo que explode o mundo, mas ela vai derrubar todas as paredes”.

Extraído do site: http://historica.com.br/

Graham Bell- inventor do telefone

Muitos dos que hoje o utilizam não se dão conta de que ele mudou diversos aspectos da vida humana e converteu-se quase num instrumento auxiliar do aparelho auditivo do homem.

No passado, as pessoas viviam num mundo que ainda dispensava a urgência, e não pensavam, certamente, no papel que ele poderia representar na vida humana. Certo dia, um instrutor de surdos-mudos experimentou construir um instrumento capaz de receber um som e de desenhar uma figura que dependesse das características acústicas do som recebido. Suas experiências conduziram seu filho, mais tarde, a inventar o telefone. O mundo começava a correr e a necessitar de tudo que lhe permitisse aumentar a velocidade.

A 3 de março de 1847 nascia o filho de Alexander Melville Bell. O menino recebeu o nome de Alexander Graham Bell. O futuro inventor do telefone começou seus estudos na Escola Superior de Edimburgo, sua cidade natal. Em seguida, passou por três universidades. Esteve primeiro na de Edimburgo, depois no University College de Londres e, por fim, na de Würzburg, na Alemanha, onde conseguiu formar-se em medicina.

Graças ao título de Doutor em Medicina e à experiência acumulada pelo pai, Bell abriu uma escola para diplomar instrutores de surdos mudos, tornando-se, ele próprio, professor de fisiologia vocal.

Alexander teve oportunidade de ver uma invenção de um professor alemão, Philip Reis, que havia juntado dois pedacinhos de madeira e aço, conseguindo construir um estranho aparelho capaz de transmitir sons, batizado como telefone. Ao vê-lo, Bell teve a intuição de que a eletricidade poderia aperfeiçoá-lo.
Teve, então, a idéia de construir um aparelho capaz de transmitir notas musicais a distância. Bell começou a atacar o problema da transmissão da voz humana, nas suas múltiplas modulações. Nesse meio tempo, dava aulas particulares a uma graciosa moça, surda-muda, sem esperanças de cura, por quem se apaixonou e com quem mais tarde viria a casar-se.
Inicialmente, Bell experimentou usar um ouvido retirado de um cadáver. Conseguiu construir um arranjo rudimentar com o qual obteve um traçado de vibrações sonoras sobre um vidro esfumaçado, por intermédio de uma delicadíssima agulha ligada ao ouvido, que tinha sobre a mesa. Essa experiência levou-o a tentar construir uma espécie de ouvido mecânico, usando um eletroímã. No inicio, as experiências não foram muito estimulantes.
Em junho de 1875, o microfone estava bastante aperfeiçoado para permitir ouvir sons agradáveis, quando fosse excitado de modo adequado. Esse resultado estimulou Bell a continuar suas pesquisas.

A 10 de março do ano seguinte, Bell experimentava um modelo de telefone e estava sozinho no sótão. Seu assistente, Watson, encontrava-se em outro aposento. Entre os dois aposentos estava estendida uma conexão telefônica que, porém, nunca conseguira transmitir mensagens inteligíveis. Naquele dia, enquanto Bell estava trabalhando, derrubou uma pilha. Os ácidos fortemente corrosivos caíram sobre a mesa e molharam suas roupas, estragando-as e ameaçando queimá-lo. Bell gritou instintivamente: “Mr. Watson, come here, I want you!” (Sr. Watson, venha cá, preciso do senhor!). Watson ouviu a mensagem, transmitida pelo telefone, e acorreu. O aparelho já era uma realidade, e Bell tinha então 29 anos.
Pouco depois, patenteou sua invenção e, a conselho do pai de sua noiva, já convencido da viabilidade do sonho, decidiu apresentá-la na exposição do jubileu de Filadélfia. Em um mês e meio, Bell construiu dois aparelhos para mostrar seu funcionamento aos visitantes da exposição, que, inicialmente, os acolheram com indiferença. Interveio, então, um golpe de sorte: Dom Pedro II, imperador do Brasil, reconheceu em Bell o professor da Universidade de Boston, que encontrara anos antes, e ficou curioso para saber o que, afinal, construíra. Bell não perdeu a oportunidade e, de uma extremidade do aparelho, recitou o famoso monólogo de Hamlet. “Grande Deus” – exclamou o imperador “isto fala”. Essa foi a frase que serviu a Bell para lançar sua invenção, que se tornou, a partir daquele instante, a principal atração da exposição, embora apenas como curiosidade científica.

Extraído do site: http://fisicomaluco.com/experimentos/alexander-graham-bell/